Bonito (MS) e Pantanal Sul do Brasil

         Finalmente, chegara o momento de nossa tão esperada viagem com nossos amigos chilenos Hugo e Angélica. A segunda em sua companhia.
        A primeira, deu-se em Novembro de 2012 quando visitamos juntos as Cataratas do Iguaçu. Veja em: http://horizontesemfim-horizontesemfim.blogspot.com.br/p/cataratas-do-iguacu.html
         Na camiseta, a imagem de uma viagem que deveria ter sido feita ainda em Novembro de 2015... Mas não foi...


         Naquele época o Hugo sofreu um acidente ainda em Torres(RS), quando rompeu o tendão do pé direito ao suspender a moto no cavalete central.
         Cirurgia em Novembro e, após quatro meses, Graças a Deus, está aqui para darmos prosseguimento aos nossos planos.
         Nossa viagem iniciou-se no dia 11 de março, com chegada a Bonito, no Mato Grosso do Sul, no final do dia seguinte, perfazendo 1.142km desde Erechim-RS.
         Nos três dias que se seguiram, fizemos flutuação no Rio Sucuri; visitamos as Grutas de São Miguel; a Gruta do Lago Azul; o Parque das Cachoeiras (são sete belas quedas d’água, onde se pode banhar-se); andamos de bote inflável (mini raffting) e visitamos o Projeto Jibóia.
        Bonito, pequena cidade de pouco mais de 19 mil habitantes, é um dos portões de entrada para quem quer visitar o Pantanal.
          Situa-se na região da Serra da Bodoquena, a sudoeste do Estado do Mato Grosso do Sul.
        Com sua ampla infra-estrutura turística, dá suporte às disputadas opções de passeios e lugares.
        Não fizemos reservas para essa baixa temporada e não tivemos dificuldades com hotel ou passeios.
      No dia 16 de março, pela manhã, iniciamos o percurso de 170 km que nos levou a oeste de Miranda-MS, até a Fazenda San Francisco para uma estada de dois dias e meio em pleno Pantanal. Nesse ambiente, apreciamos a culinária tipicamente pantaneira; a fauna e a flora exuberante da região em passeios específicos, como Focagem Noturna; Safári Fotográfico; passeio de Chalana e pesca de piranha no Corixo San Domingos (um dos braços do Rio Miranda); cavalgada e passeio de barco pelo Rio Miranda. Infelizmente (ou felizmente...) não vimos a onça pintada em nenhum desses passeios, mas vimos muitos jacarés, capivaras, aves e outros animais.
         Para nossa estada na Fazenda, fizemos reserva com antecedência.
         Com cerca de 250 mil km², o Pantanal é a maior planície inundável do planeta.
      Abrange a parte sul e noroeste do Estado do Mato Grosso e parte norte do Mato Grosso do Sul.
         Esse complexo natural foi declarado pela UNESCO como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.
         Pode-se visitar o Pantanal em qualquer época do ano.
        Para quem quer observar os animais, o período mais indicado vai de abril a setembro (a alta temporada é de julho a setembro).
      De outubro a março é a estação das cheias, quando os campos ficam alegados. Mesmo nessa época é possível avistar variado número de animais. E, o passeio, igualmente, pode se tornar emocionante.


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DIA 11/03/2016
Erechim(RS) – Mundo Novo(MS)

         Saída às 06:12 da manhã, sob neblina. Neblina que logo se transformou em uma fina garoa por 100 km até a cidade de Chapecó-SC.



     A partir daí, o Sol apareceu. Primeiramente tímido; depois, mais intenso, acompanhando-nos durante todo o percurso até Bonito e, além de Bonito, durante todo o tempo que ficamos no Pantanal e mais, até nosso retorno.
        Curiosamente, foi a partir de Chapecó-SC, no retorno até Erechim(RS) que novamente fomos “brindados” com uma chuva torrencial durante esses últimos 100 km até em casa...
       Até Chapecó-SC a rodovia está em condições regulares de conservação, com exceção do centro da cidade de São Valentim-RS, que permanece praticamente intransitável. Fato que não é recente. Em 2012 quando passamos por aí para irmos às Cataratas do Iguaçú, estava nas mesmas condições!.De lá para cá, nada foi feito para melhorar esse pequeno trecho de pouco mais de um quilômetro!
     De Chapecó-SC a Realeza-PR, passando por Coronel Freitas, Francisco Beltrão, o trecho está em boas condições (recapeado, sem sinalização).
     Na saída de Novo Horizonte-SC, um lanche e abastecimentos no Posto MAZP (Posto Bottega), com atendimento VIP. Infelizmente, não tiramos foto.
    Realeza-PR a Capitão Leônidas Marques-PR: a rodovia está em estado regular de conservação (calombos, remendos mal feitos...).


Almoço em Realeza-PR
      A partir de Capitão Leônidas Marques-PR até Cascavel-PR, a rodovia está em péssimas condições de conservação.
          O trecho entre Cascavel-PR e Mundo Novo-MS está em boas condições.
      Para chegar-se a Mundo Novo-MS, deve-se atravessar os 3.600m da Ponte Airton Senna sobre o Rio Paraná. Essa ponte, inaugurada em janeiro de 1998, divide os Estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul, entre as cidades de Guayra(PR) e Mundo Novo(MS). Não há mais cobrança de pedágio para cruzá-la.







         Nosso primeiro pernoite foi em Mundo Novo-MS, no Tio Sam Hotel a um custo de R$ 125,00/pernoite/casal com café-da-manhã.
         Boas acomodações e bom café-da-manhã.
         As motos ficaram seguras, em garagem coberta junto ao hotel.
         Como janta, pedimos uma pizza, usando o telefone do hotel.
         Até Mundo Novo-MS, percorremos 612km.

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DIA 12/03/2016
Mundo Novo (MS) – Bonito(MS)

         Saída às 07:20 pelo horário do Mato Grosso do Sul. Uma hora a menos da Região Sul. 

Soja colhida, as emas aparecem procurando as sobras.





















      Alguns quilômetros depois e, antes da cidade de Eldorado-MS o primeiro de três pedágios (moto paga também). Um, de R$ 3,20; outro, de R$ 2,30.
          Seguindo, em Caarapó-MS, outro pedágio (R$ 2,30).
        Desde Mundo Novo-MS até Dourados-MS, vê-se ao longo da rodovia as torres com câmeras de monitoramento da Concessionária que administra os Pedágios, e vários controladores de velocidade. 





         Muitos destes controladores de velocidade estão fixados ao lado dessas torres.
         Limite de velocidade, 110km/h, com trechos de limite menor, o que provoca confusão e estresse. Não precisaria ser assim.


            Com relação às rodovias, vale fazer uma comparação:
         No Paraná , geralmente o limite é de 110km/h. No  Mato Grosso do Sul, o limite normalmente é de 100km/h.
          No Rio Grande do Sul, rodovias com traçado similar, mantém o mesmo limite há mais de 45 anos: 80km/h!!
      É exemplo o trecho de aproximadamente 38km da RS-135 entre Erechim(RS) e Coxilha(RS) que limita em 100km/h a velocidade para veículos leves, com variantes de 80km/h e 60km/h (uma confusão!). Na seqüência e com o mesmo traçado, ainda pela mesma rodovia estadual RS-135, chega-se a Passo Fundo-RS. Porém, a partir de Coxilha-RS até Passo Fundo-RS (mais 40km), a velocidade é limitada a 80km/h. Simplesmente ridículo!
          Seguindo com a narrativa:
      Saindo de Dourados-MS enfrentamos um protesto pelas condições de um trecho urbano de pouco mais de 400m que, segundo os moradores do local, fora abandonado pelas autoridades (único trecho sem asfalto, com buracos e que causa transtorno, não somente para quem mora no local, mas para quem transita diariamente em viagens). O bloqueio teve a duração de mais de uma hora. Quando chegamos esperamos APENAS 30min!
         Saindo de Dourados-MS na direção de Itaporã-MS, tivemos que atravessar a cidade (sinaleiras, trânsito intenso, controladores de velocidade... Um sufoco!).
      

Maracaju (local conhecido como Papagaio):
parada às margens da rodovia para abastecermos e
fazermos um lanche
.
A placa informa: Bonito(MS) a 65km.



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BONITO-MS


         No Mato Grosso do Sul, quase chegando a Bonito-MS, a partir do entroncamento das estaduais MS-382, que vem de Guia Lopes da Laguna com a MS-178 que dá acesso à cidade de Bonito-MS, por cerca de 20 km a rodovia está em péssimas condições. Por conseguinte, um péssimo Cartão Postal para a cidade!
         Chegamos a Bonito-MS às 15:40, marcando desde Erechim-RS, 1.142km.















    Hospedamo-nos no Hotel da Praça, centro de Bonito-MS, ao preço de R$ 250,00/diária/casal com café-da-manhã.
        Excelentes acomodações e bom café-da-manhã. Excelente atendimento.
        As motos ficaram em segurança na garagem do hotel, embora a descoberto.



     Possui piscina e um serviço de lanches, atendido pelo Álan e sua esposa Amanda, sempre prestativos e atenciosos. Resultado: fizemos amizade...





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DIA 13/03/2016 – Bonito(MS)
Contratação de passeios
Flutuação


         Pela manhã, contratamos os passeios através da Agência Crisval Tur, recebendo da Sara um atendimento exemplar. Pacienciosa, esmerou-se em explicar detalhadamente cada passeio.
        Importante: é fornecido todo o equipamento necessário aos passeios e está incluso nos preços.

Passeios contratados (casal):

Barra do Sucuri (flutuação) ................................ R$   250,00
Gruta do Lago Azul ............................................ R$     90,00
Grutas de São Miguel ........................................ R$     90,00
Parque das Cachoeiras (sem almoço)................ R$   200,00
Eco Park Porto da Ilha (bote inflável).................  R$   220,00
Projeto Jibóia ...................................................... R$    80,00
Transporte particular:
Barra do Sucuri ..................................................  R$     70,00
Gruta da Lagoa Azul e Grutas de São Miguel....  R$     90,00
TOTAL POR CASAL ......................................... R$ 1.090,00

         Após o almoço (14hrs), o Elber veio nos buscar no hotel, para nosso primeiro passeio: flutuação no Rio Sucuri.
        Ele foi nosso “motorista particular” e “fotógrafo” em todos esses passeios. Alegre, nos contagiou com sua simpatia, pontualidade e presteza. Precisava parar durante o trajeto para tirar fotos? Sem problema! (Saíamos cedo mesmo...) A cada saída a amizade se mostrava mais evidente.

     Sugestão: contratem transporte particular se quiserem privacidade e independência. A diferença de preço não é significativa. Negociem...




           

FLUTUAÇÃO: BARRA DO SUCURI







         Para a flutuação, usa-se roupa de neoprene, colete salva-vidas, sapatilha, máscara e snorkel.






















         Uma caminhada de pouco mais de 300 m nos leva às margens do Rio Sucuri.



      Sobe-se o rio Sucuri em um barco à remo, cerca de 1.300m. Quem rema? Fomos voluntários, eu e a Cleci!






       










          A flutuação é realizada com o acompanhamento de um guia que fica todo o tempo no barco.



        Antes do início do passeio é realizado um pequeno treinamento para uso do snorkel.


















          Nós nunca havíamos usado snorkel. 
         Inicialmente, tivemos dificuldade (um pouco de receio) mas que logo foi superada. Ao entrarmos no rio para a descida, já havíamos nos ambientado.





         A sensação de deixar-se levar pela suave correnteza, enquanto apreciamos a imensa variedade de peixes é inesquecível.





























        
         Durante a flutuação conhecemos o Felipe Mendes, de Minas Gerais que passou a fazer parte de nossa lista de amigos dessa viagem e gentilmente compartilhou conosco algumas fotos desse passeio...






























         Duração do passeio: cerca de 2hrs. 
       À noite, subimos até a lancheria do hotel para degustarmos a saborosa Arepa (prato típico colombiano), preparado pelos nossos amigos Álan e Amanda.




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DIA 14/03/2016
Gruta da Lagoa Azul
Grutas de São Miguel
Parque das Cachoeiras


         Ás 06:15 da manhã, o Elber estava chegando ao Hotel para nos levar à Gruta do Lago Azul e na seqüência, às Grutas de São Miguel, com direito a algumas fotos pelo caminho.






GRUTA DA LAGOA AZUL



















         


         Durante o percurso que durou cerca de 1h30min, Martins, nosso Guia, atencioso e criativo, também serviu de fotógrafo para muitos visitantes, dando dicas de como tirar a melhor foto (aquelas com tons de azul)...




Descida para a Gruta.






























         Na visita à Gruta do Lago Azul, conhecemos o Fred Oliveira e o Thiago Zanotti, de Vitória-ES.




















GRUTAS DE SÃO MIGUEL


         Encerrada a visita à Gruta da Loa Azul, continuamos nosso passeio.
         Desta vez, às Grutas de São Miguel.
     Disse Grutas (plural) porque é um complexo de várias grutas que recebem essa denominação.
        Chegada ao receptivo:




         Após recebermos as instruções de praxe e assistirmos um breve vídeo, nos encaminhamos para as grutas através de passarelas suspensas, de onde se pode apreciar algumas aves.











         Diferente da Gruta da Lagoa Azul, esse conjunto de caminhos subterrâneos dá um toque de sinistro, de assustador, de misterioso...




























"Monte Fuji"

Assim nasce uma estalagmite.




















          Saímos às 13hrs das Grutas de São Miguel. 





PARQUE DAS CACHOEIRAS


         Às 13:45 estávamos chegando ao Parque das Cachoeiras.


Siriemas.


       No local servem almoço (bom almoço, modalidade, buffet colonial)  e aproveitamos para repor as energias gastas pela manhã. (preço do almoço, R$ 40,00/pessoa!). 
      Na sobremesa, um doce de jaracatiá (ralado grosso, parece côco. Muito saboroso. Tomando emprestada a expressão de nossos amigos chilenos, diríamos: “muy rico”).
     Para a extração das fibras de jaracatiá, segundo a guia que nos acompanhou, primeiramente corta-se um pequeno quadrado do tronco da árvore. Retira-se esse pedaço, como se fosse uma tampa, juntamente com o seu interior, o caule. Rala-se o caule (parte interna) para fazer o doce. A tampa com o que sobrou da casca é recolocada no tronco. A parte recolocada se recompõe.


         Tivemos uma pausa, logo depois do almoço, e às 14:40 saímos em um “pau-de-arara” (caminhão com um banco em cada lado da carroceria), por aproximadamente 500m até o início da trilha suspensa, por onde caminhamos 1700m até a primeira das sete cachoeiras de águas límpidas do Rio Mimoso.
          A descida deu-se a pé, com direito a banho em cada uma delas.


Cachoeira do Molungu





Cachoeira da Gruta
























Cachoeira do Sol








Cachoeira da Carretilha




A partir desse trampolim, pode-se praticar a tirolesa e
deixar-se cair na água.


Cachoeira do Sinhozinho


























Cachoeira das Figueiras




























Cachoeira do Amor








          Duração do passeio: aproximadamente 2h30min.
       Chegamos ao hotel às 18:30 e às 19hrs estávamos comemorando o aniversário do nosso amigo Hugo em um ambiente improvisado, mas com direito a balões e mesa caprichosamente decorada pela Amanda da lancheria no terraço do hotel.





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DIA 15/03/2016
Passeio de Bote inflável (mini raffting)


ECO PARK PORTO DA ILHA


          Novamente o Elber chegou pontualmente às 09:20 para nos levar ao Eco Park Porto da Ilha, para o passeio de bote inflável no Rio Formoso que se iniciava às 10:20.

          Um lugar muito bonito e bem estruturado.







        
          















      

       Depois de colocarmos capacetes, coletes salva-vidas e prepararmos as GoPro na cabeça, recebemos instruções de como nos portar nos botes.
         O passeio é tranqüilo e muito divertido. 




         Durante os três quilômetros do percurso, passamos por quatro pequenas quedas d’água. A maior deve ter no máximo dois metros de altura.




            
               



           Guerra d’água e outras brincadeiras entre os botes.
       


       Como o Hugo não tinha o suporte da GoPro para capacete, improvisou com criatividade







         Para que não digam que fomos preguiçosos (kkkkk) eu e a Cleci também ajudamos a remar!



          Durante o percurso, há uma parada para nadar.






          Para quem quiser, ao custo de R$ 60,00 pode-se adquirir um DVD com fotos e filmagens do passeio nos botes. Foi o que fizemos.
               No local há um restaurante, mas o Buffet custa R$ 50,00 por pessoa (!!)




         Almoçamos no centro da cidade de Bonito.
         Duração do passeio: 1h30min.
      A tarde foi reservada para compras de souvenirs e a preparação das motos para a viagem do dia seguinte: Pantanal Sul.
     Um cheese salada como jantar, na lancheria do Álan (hotel), atendeu plenamente nossas expectativas.



PROJETO JIBÓIA

         No final da tarde (06:30) tomamos um táxi e rodamos por mais de dez quarteirões até o pavilhão do Projeto Jibóia. A palestra interativa se inicia às 19hrs.
        Durante aproximadamente duas horas, a comunicativa Vivi nos apresentou o Projeto Jibóia e, principalmente, o trabalho da equipe para desmistificar a idéia que temos sobre as serpentes.



        Não significa, como diz ela, que após a palestra, devemos nos descuidar e sair por aí, tentando tirar fotos com serpentes e tocá-las, mas sim, abandonar o  preconceito com relação a esses répteis.

Phyton da Birmânia.
       Ao final, a oportunidade para que cada um, com sua própria câmera, pudesse registrar momentos de contato direto com uma Jibóia que, durante o tempo da exposição, ficou pacientemente passeando entre os cabelos, pescoço e tronco da apresentadora.



         Finalizando a noite e a estada em Bonito-MS, nos dirigimos ao hotel.
     No dia seguinte, iríamos para o norte por 170 km até a Fazenda San Francisco, Pantanal Sul.



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PANTANAL SUL


16/03/2016
Miranda(MS) Pantanal Sul do Brasil

         Após o último café-da-manhã em Bonito, às 08:20 partimos ao norte, na direção de Miranda(MS).
       A viagem pela MS-178 foi tranqüila. A estrada, toda pavimentada, está em boas condições, com raras exceções.

         Assim, passamos por Bodoquena e Guavira, seguindo até o entroncamento com a BR-262. Já na BR-262, tomamos à esquerda por mais trinta quilômetros (passando por dois controladores de velocidade) até a entrada da Fazenda. 






         Da porteira da Fazenda até o receptivo, rodamos por aproximadamente seis quilômetros de estrada de terra, sempre acompanhados de perto pelo gado que nos espreitava desconfiado.




















         Ficamos sabendo pelos guias da Fazenda que se tratava de gado da raça Senepol e Montana que, além da raça Nelore fazem parte do plantel.
         Importante dizer que esse trecho de seis quilômetros é o único sem pavimentação, até a Fazenda!
          Chegamos à Fazenda San Francisco às 10:45.
          Foram 170 quilômetros até o receptivo. E desde casa, 1.312 quilômetros.






















                    Alguns animais avistados no entorno do receptivo da Fazenda:


Ema.

Gavião.

Araras.

Papagaios.

Cervo do Pantanal.





         














         Após o chek-in, fomos apresentados aos aposentos, localizados em pequenos chalés.         Cada aposento é identificado pelo nome de uma ave; curicaca, tucano, papagaio...





































       Como chegamos cedo, optamos por trocar o almoço da chegada do dia 16, pelo almoço da saída do dia 19.





       Havíamos acertado o “Pacote Aventura no Pantanal – 4 dias e três noites”.
      Abdicamos da Caminhada na Trilha da Vazante, da visita ao Mirante do Pantanal e, como já mencionei, do almoço do último dia pela manhã, para sairmos logo depois do café. 
      Tanto nós como nossos amigos preferimos assim para ganharmos tempo no retorno. Ainda tínhamos muito chão pela frente, principalmente eles, tão distante estavam de sua casa.
      A praticidade nos convenceu pela opção de ficarmos em uma fazenda tipicamente pantaneira. No pacote, as três refeições; o alojamento com ar condicionado; lugar seguro para deixarmos as motos; os passeios.
      Saíamos para os passeios da frente do receptivo e a poucos metros do alojamento, sempre acompanhados de um Guia.

       No intervalo entre o almoço e o passeio de chalana, aproveitamos para adquirir alguns souvenirs que a Fazenda disponibiliza em sua pequena lojinha (DVD sobre suas atividades, camisetas, chapéus...)


Passeio de chalana:

         Depois do almoço, às 14hrs, saímos em um pequeno caminhão para embarcarmos na chalana que nos levou pelo Rio Miranda e Corixo de São Domingos (um dos braços do Rio Miranda), para apreciarmos a flora e a fauna exuberantes e, para quem se dispusesse, pescar algumas piranhas que, ainda durante o passeio de chalana, seriam usadas como iscas para jacarés e aves caçadoras.



Állan, guia no passeio de chalana.





























Piranha.

Piranha.


















   
     
            Belíssima paisagem emoldurada pelos aguapés.








            Algumas plantas típicas do cerrado do Pantanal:

Acurí
           
           Contém três amêndoas.
           Apenas a araruna e a gralha azul conseguem quebrar as castanhas.

Palmeira Acurí.
Fruto Acurí

Carandá (Buriti ou Muriti):

         Espécie de palmeira de onde se extraem frutos (semelhantes aos butiás, do Rio Grande do Sul, porém maiores e mais escuros) e madeira.

Carandá.

Genipapo:

           Sua fruta é apreciada principalmente na forma de compotas.
         Sua polpa servem também como pintura (da cor azul) utilizada por muitas etnias para ornamentos e pinturas.






           Da chalana a visão é privilegiada.




Garça.

Garça.

Garça buscando uma piranha lançada na água pelo guia.





Gavião Belo.

Jacaré.
         
         No final da tarde (cinco horas), retornávamos para um breve lanche (incluso no pacote): suco de frutas, caldo de piranha (dizem que é afrodisíaco... Sinceramente... Acredito que seja...), bolos caseiros, pipoca.
              Às 18:30 o jantar; às 19:30, focagem noturna.


Focagem Noturna:

         Acompanhados da prestativa e atenciosa Eliane, guia da Fazenda, percorremos por cerca de duas horas e meia uma grande área, na busca por animais silvestres.
        Óculos comuns de lentes transparentes nos protegiam dos pequenos insetos que nos acompanhavam, atraídos pela luz do pequeno veículo.
        Todos estávamos apreensivos e cheios de expectativas pela possibilidade de vermos uma onça em seu habitat.
         Infelizmente, não vimos.
      Mas o passeio noturno não foi em vão. Tivemos a  oportunidade de contemplar capivaras, corujas e tamanduás-bandeira e outros animais.

Capivaras.

Coruja.

Coruja.

Tamanduá-bandeira.


Tamanduá-Bandeira.

Jacaré.

Cobra-pau.
         
          Às 21:30 retornávamos para o descanso mais que merecido!
          Foi um dia cansativo. Primeiramente, na Chalana, com a assistência do prestativo Guia Allan; depois, com o passeio noturno, muito bem assessorados pelo Armando (que nessa ocasião serviu de motorista) e pela sempre atenta e gentil Guia Eliane.
           Nas duas noites seguintes, o passeio se repetiu e nós podíamos fazer (fazia parte do pacote), mas estávamos cansados e decidimos ficar na Fazenda.
           Em nenhuma das duas noites seguintes a onça foi avistada.


Mosquitos:


          Muito foi comentado na imprensa em todo o País sobre o Aedes Aegypti (dengue, zika-vírus chikungunya). Havia mosquitos, sim, mas, como afirmaram os guias, já não estavam sendo motivo de preocupação. Havia diminuído significativamente o número de ocorrência de mosquitos. O que, efetivamente, tivemos a oportunidade de constatar.
          No entanto, não era prudente nos descuidarmos e a recomendação foi de estarmos preparados.
          Sempre que saíamos em passeios, aplicávamos o repelente e, nos aposentos, deixávamos sempre a porta fechada. Por precaução, à noite conectávamos um aparelho elétrico que repelia os insetos. Não tivemos problemas.
          Os repelentes mais eficazes indicados no combate ao mosquito Aedes Aegypti, aprovados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do governo brasileiro), apontam aqueles que possuem os princípios ativos IR3535, DEET, ICARIDINA.
          Optamos por uma marca que indicava a concentração de 11% de DEET (a sugestão era de que, particularmente, produtos com esse princípio ativo contivesse 15%).
          Quando fomos às farmácias não encontramos repelentes com o percentual sugerido nessas pesquisas. Possivelmente, devido à grande procura por esses produtos.


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17/03/2016
Safari Fotográfico
Cavalgada


          Às sete da manhã, o café pantaneiro, conhecido como "quebra-torto"; simples, mas com tudo o que se precisa para enfrentar o dia em uma fazenda...






Safári Fotográfico


          Às oito, partíamos para o safári fotográfico, tendo como motorista o Armando, sempre prestativo, e após, seguíamos até o local onde iniciaríamos uma curta caminhada.





















          A caminhonete passava sobre dique entre os canais que levam a água para as lavouras de arroz. 






          Há muita vida nesses canais. É comum encontrarmos jacarés, capivaras, cervos do pantanal e grande variedade de aves. Infelizmente, nem sempre conseguíamos registrar essas aves na lente da máquina.




Hugo segurando um crânio de jacaré.





Ovos eclodidos de jacaré.
Capivara.


Cervos do Pantanal.

         Jaçanã, ave apelidada de cafezinho, por servir normalmente, de refeição matinal dos jacarés.

Jaçanã.

Carão.

Carão.

Gavião carijó à espreita dos filhotes de João de Barro.

Mutum de Penacho.

Ninho de papagaios.

Urubu da Cabeça Vermelha.
          
Martim-Pescador Verde.
Ave-símbolo da Fazenda San Francisco.


          Antes do meio-dia estávamos de volta à Fazenda.



Cavalgada

          Às 15 hrs, depois de uma breve siesta, recebíamos os capacetes para a cavalgada na companhia do guia Armando.
           Recebidas as recomendações de praxe, montamos os animais e saímos.

































































          Os animais são dóceis e acostumados com pessoas; seguem um ao outro no passo lento e tranqüilo. 




Passagem sobre um dos alagados (Corixo de São Domingos).

           Campos da Fazenda...


         


           Nessas cavalgadas é comum encontrarmos algum jacaré ou tatu e nada parece abalar os cavalos.





           Belos cavalos... 





















                Na volta da cavalgada, mais um lanche... 


           O jantar foi servido pontualmente às 18:30.
          Para quem ainda tinha esperança de ver algum felino, teria a oportunidade em mais um passeio noturno. Mas estávamos cansados e desistimos de mais uma Focagem Noturna. Preferimos permanecer na Fazenda.


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DIA 18/03/2016
Safári Fotográfico e Trilha do Carandá
Passeio de barco


Safári Fotográfico

         Oito e meia da manhã saímos novamente para mais um Safári Fotográfico e mais uma trilha. Desta vez, em outra direção.
          Se pensávamos que não surgiriam outros animais, felizmente nos enganamos.
         Não foi desta vez que vimos a onça, mas avistamos outros animais que, igualmente, fazem parte da riquíssima fauna da região, incluindo o Tuiuiú, ave-símbolo do Pantanal.
























Guia Eliane.








Cegonha Cabeça-Seca.

Cervo do Pantanal.


Casal de Falcão-Carcará.

Cegonha Tabuiaiá.

Pato do Mato.

Tuiuiú.
Ave-símbolo do Pantanal.

Tuiuiú.

Tuiuiú.

Tuiuiú.


Trilha do Carandá


          A Trilha do Carandá é uma trilha suspensa sobre a mata ciliar do Rio Miranda, de indescritível beleza. 
          Lugar para se ficar horas ouvindo os pássaros e o barulho do rio. Infelizmente, isso não foi possível, mas apreciamos, mesmo assim, toda essa exuberante natureza.







Carandás.


Mirante.




          Nesse dia, às 15 hrs., ainda teríamos um passeio de barco sobre o Rio Miranda.


Passeio de barco


          Logo na saída conhecemos a Tabitha, da Bélgica, com quem logo fizemos amizade.





























          Em qualquer direção que se vá, encontra-se uma rica variedade de fauna e flora.
          O pantanal é mais um oásis fantástico dentro do Brasil.

Ao fundo, a Trilha do Carandá.

Biguás.








Socózinho.

Aguapés.



          À noite ainda poderíamos desfrutar de mais uma Focagem Noturna. Mas optamos por nos prepararmos para nosso retorno para casa.
            Nossos amigos, mais do que nós, ainda teriam muitos dias de viagem pela frente.




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19/03/2016
Retorno para casa:

Fazenda San Francisco (Miranda-MS)-Naviraí(MS)

       Um bom café-da-manhã era o precisávamos. E foi o que fizemos.
       Na noite anterior já havíamos preparado tudo. Agora, era somente carregar nas motos.
      Feito o check-in, nos dirigimos para as motos, cercados por alguns espectadores. O que, nesses casos, sempre nos envaidece.



         Partimos, acompanhados novamente, pelo gado que nos admirava desconfiado. Passada a porteira, mais uma etapa da viagem se findava, já marcada com certa nostalgia.


















         





       Não queríamos passar novamente por Itaporã e pelo centro de Dourados. Assim, escolhemos irmos até Campo Grande, depois, Rio Brilhante e Naviraí, onde pretendíamos pernoitar.
        Ao chegarmos a Campo Grande, havia um bloqueio na rodovia, que nos impediu de seguirmos adiante. Confusos, apesar do GPS, paramos no acostamento da rodovia, em um dos bairros de Campo Grande. Foi quando o João Marcelo apareceu de moto, oferecendo ajuda. De pronto aceitamos e ele nos conduziu na direção de Sidrolândia.


         É assim que agem os verdadeiros motociclista; afinal, fazemos parte de uma irmandade.
              Um grande abraço, João Marcelo, e muito obrigado pela força!
              Continuemos em contato!


         No final, rodamos apenas 40 km a mais do previsto. O que mais nos estressou foi o tempo perdido.




Caarapó(MS)

         Graças a Deus, chegamos bem a Naviraí, onde cumprimos com o cronograma, pernoitando no Gold Hotel, na saída para Itaqueraí.

















          Excelente atendimento, tendo como anfitrião o Sr. Antônio, o proprietário. Excelentes acomodações; bom café-da-manhã.
          Preço: R$ 160,00/pernoite/casal com café-da-manhã.
          As motos ficaram no pátio fechado do hotel e em segurança.
       Como jantar, compartilhamos com nossos amigos Hugo e Angélica, uma pizza, algumas cervejas e boa conversa, apesar do cansaço.
          E foi assim, que nos despedimos.
       Compreendi que ao contrário deles, estávamos em nosso País e perto de casa; eles, ainda teriam alguns dias de estrada e seria conveniente que saíssem cedo.
       Sentimos um aperto no coração, uma ponta de tristeza, mas sabíamos que seria melhor assim.
      Não quis tirar fotos desse jantar de despedida. Assim, me passaria que isso não aconteceu.

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20/03/2016

Naviraí(MS)-Pato Branco(PR)

          Não tivemos pressa em acordar.
         Moto carregada, fomos ao café-da-manhã, assistidos pelo Antônio, que fez questão de tirar fotos com a gente. Sentimo-nos lisonjeados.


         Saímos às 08:40 de Naviraí e chegamos a Guaira (PR) às 10:40 pelo horário do Mato Grosso. 



















          Mas, como estávamos no Paraná, o relógio já assinalava 11:40. Psicológico ou não, já estávamos sentido um pouquinho de fome. Aproveitamos para almoçar e abastecer a moto, perfazendo até aqui, desde nossa saída no dia 11 de março, 2.135 quilômetros.
      Às 18:20, após rodarmos 525 quilômetros, chegávamos a Pato Branco(PR), onde pernoitamos no Hotel Regente ao custo de R$ 200,00/pernoite/casal com café-da-manhã.
         Boas acomodações e excelentes atendimento e café-da-manhã.
         A moto ficou na garagem coberta do hotel e em segurança.
       No jantar, uma pizza, na companhia da minha prima Elizete Giacomoni, que assim como seu irmão Vitório, são cabeleireiros e, ela, particularmente, ministra cursos na área de beleza e estética. Infelizmente, não tive tempo para que ela me resgatasse da pré-história (barbudo, eu mais parecia um homem das cavernas...).

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21/03/2016
Pato Branco(PR)-Erechim(RS)

          Às 07:30 saíamos do hotel e após abastecermos, seguimos a Chapecó-SC para uma curta visita ao meu filho.
        Ao chegarmos à cidade, uma forte chuva nos castigou. Aproveitamos para pararmos na Havan e fazermos um lanche.
        A chuva embora tenha diminuído, continuou até nossa chegada em casa às 15hrs, com o hodômetro assinalando 2.742 quilômetros...


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ALGUNS AMIGOS QUE REGISTRAMOS:

1)    Álan e Amanda, da lancheria do Hotel da Praça, em Bonito(MS);
2)    Elber, “nosso motorista”, em Bonito(MS);
3)    Felipe Mendes, em Bonito(MS);
4)    Fred Oliveira e Thiago Zanotti, em Bonito(MS)
5)    Tabitha, da Bélgica, na Fazenda San Francisco (Miranda-MS);
6)    Ivolino e Famíla, de Brasília, na Fazenda San Francisco;
7)    Valmir e o pequeno Arthur, de São Paulo, na Fazenda San Francisco;
8)    Armando, durante muitos passeios, nosso guia e motorista na Fazenda San Francisco;
9)    Maria e família, de Capitão Leônidas Marques(PR), na Fazenda San Francisco;
10) João Marcelo Ferreira Barbosa, de Campo Grande(MS).

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AGRADECIMENTOS


        Agradecemos com muito carinho a todos os que nos acompanharam com suas preces.
           Nossos agradecimentos aos nossos amigos Hugo e Angélica que dividiram conosco mais uma bela viagem, cheia de surpresas agradáveis e desfrutando de momentos de descontração, de aventura, de grande companheirismo.
       Dizemos a eles que nossa amizade não finda nessa viagem, mas continua, aguardando novas oportunidades.
        Aqui reproduzo textualmente, a seu pedido, a mensagem recebida dele para ser publicada nesse blog:
       “Fue en el año 2012 en un viaje a punta arenas donde conocí a esta encantadora pareja Antonio Y Cleci. Hoy después de recorrer juntos muchos kilómetros nos conocemos  y somos buenos amigos incluyendo nuestra parejas que fielmente nos acompañan. LAS MOTOS unen, ojalá muchos puedan hacer lo mismo.”

       E, agradecemos principalmente a Deus, que sempre nos acompanhou e que tornou realidade cada momento que vivenciamos. Sem Ele nada disso teria sido possível.


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SITES CONSULTADOS









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