Um dos lugares
marcantes para o motociclismo de viagem, a Carretera Austral (Ruta 7) sempre
esteve em meus planos. Sentia-me desafiado pela ideia de conhecê-la e ao mesmo
tempo temeroso pelo desconhecido.
Iniciando em Puerto
Montt, a Ruta 7 percorre o sul da Patagônia chilena por 1.247km até seu
final. E esse final, é também o início
dos Campos de Gelo.
Programei ir durante
o verão.
Como estamos no
hemisfério sul, quando no Brasil é verão, também é verão em todo o restante da
América do Sul. Portanto, não tive problema com gelo na pista e também não
enfrentei frio intenso. A temperatura manteve-se entre 2ºC nas manhãs mais
frias (que foram pouquíssimas) e 26ºC nas tardes mais quentes.
Em seu trajeto, marcado
principalmente pelo rípio, encontrei lugares cinematográficos, composto por
montanhas com seus picos cobertos de neve, vales, lagos de águas de um azul
turquesa, rios e, o silêncio e a paz que essas paisagens transmitem.
Uma viagem, não para
apenas conhecer (como fiz), mas para desfrutar de cada momento (como deveria
ser).
Percorri, no total,
9.410km, sendo 1.016km de rípio, em 21 dias, de uma viagem solo. A Cleci, não
pode me acompanhar, embora esse sonho também fosse o seu, mas me incentivou e
me deu todo o apoio emocional e de certa forma logístico para essa empreitada.
O trabalho de
pavimentação da Ruta 7 continua, embora lentamente, como já afirmaram vários
aventureiros, em cujas fontes me inspirei para tomar coragem e ir. Fontes essas
que, em sua maioria, estão enumeradas no final desse relato.
Nesse trajeto de
1.247, cerca de 50% está pavimentado. Do restante, cerca de 300km é de rípio
bom (com muita pedrinhas, sim, mas bom); o restante, divide-se entre ruim e
péssimo. Justifico essa classificação pela incidência marcante de buracos,
algumas curvas bem acentuadas, exigindo muito cuidado nas subidas e descidas, e
as chamadas “costeletas” que, são uma constante.
Não há travessias de
rios que devam ser feitas cruzando pelo meio do seu curso. Em todas elas há
pontes com firmes estruturas de concreto.
Levei barraca; saco
de dormir para temperatura de -5ºC; isolante térmico para colocar entre o chão
da barraca e o saco de dormir; travesseiro inflável; ganchos; corda de nylon;
lona plástica para proteger a barraca, caso chovesse.
Nada disso, no entanto, foi necessário.
Sempre encontrarei um
lugar para ficar: uma cabana, um hostal, um hotel. Mas como eu não tinha
certeza, levei. Um fardo a mais para carregar, mas assim, fiquei mais
tranquilo. Até porque, se houvesse alguma pane com a moto e nas proximidades
não encontrasse um lugar para me hospedar, eu teria a opção de acampar.
Encontrei muitos
motociclistas, principalmente da Argentina e do Chile, mas também alguns
brasileiros, como um grupo de Montenegro e o Nelson, de Santa Maria, todos do
Rio Grande do Sul.
Encontrei também,
muitos ciclistas que chegando por via aérea a Coyaique, ou mesmo de van a
Cochrane, alugavam bicicleta e se lançavam à aventura por essa Ruta, causando
admiração pelo seu espírito aventureiro e por sua resistência física.
A primeira parte da
descrição dessa viagem, compreende o percurso até Puerto Montt, porta de acesso
à Carretera Austral.
A segunda parte,
descreve o início dessa jornada, por 1.247km até seu final, às margens do Lago
O’Higgins, onde se iniciam os Campos de Gelo Sul.
A terceira parte,
refere-se ao retorno por, praticamente o mesmo trajeto que percorri na ida.
Isso porque, não me senti encorajado a enfrentar ventos fortes entre o
entroncamento das Rutas 63 com 62 (proximidades de Tecka, na Argentina),
seguindo pela Ruta 25 até Trelew, em um total de aproximadamente 600
quilômetros.
Fazendo esse trajeto,
estaria seguindo o planejamento inicial que era, atravessar a Argentina até
Puerto Madryn e seguir até Buenos Aires, cruzando o Rio da Prata de Buquebus,
ingressando no Uruguay por Colônia Del Sacamento.Trajeto esse que eu já fizera
com a Cleci (USHUAIA: um Lugar no Fim do Mundo, em 2012 e, em 2018, visitando
Colônia, às margens do Rio da Prata).
Mesmo assim, no
retorno da Carretera Austral, enfrentei fortes ventos; não tanto quanto
(imagino), encontraria no trecho planejado, mas que exigiram paciência e
resultaram em desgaste físico e preocupação.
Da descrição sobre
essa jornada, assim como das demais experiências, esperamos que alguém possa se
beneficiar das informações, que repassamos, na intenção de que sirva sempre de
subsídio.
Trajeto de ida. |
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PRIMEIRA PARTE
URUGUAY
– ARGENTINA - CHILE
(até
Puerto Montt, início da Carretera Austral)
Dia
07/01/2019
Erechim(RS)
-Quarai(RS)
Saída de Erechim às
06:04.
Primeira parada em
Panambi (RS).
Por falta de
sinalização indicativa para Augusto Pestana/Jóia/Santiago, não tomei à esquerda
e fui até Entre Ijuís (38km).
Perda de tempo
equivalente a perto de 76 km de distância. Não uso GPS; apenas mapas e, na
dúvida, pergunto. Mas vejo que o GPS poderá ser um complemento importante.
Contudo, não dispensarei um bom mapa.
Rodovia entre Augusto
Pestana e Santiago em péssimas condições de trafegabilidade, com raríssimas
exceções.
Antes de Santiago, enfrentei chuva e vento fortes, obrigando-me a parar no acostamento e vestir as roupas de chuva.
A rodovia está em péssimas condições e, com a chuva que perdurou por mais de 40min, vivenciei uma combinação nada agradável.
Antes de Santiago, enfrentei chuva e vento fortes, obrigando-me a parar no acostamento e vestir as roupas de chuva.
A rodovia está em péssimas condições e, com a chuva que perdurou por mais de 40min, vivenciei uma combinação nada agradável.
A partir de Santiago,
melhora, mas ainda não está perfeita. Foram feitos remendos e está sem
sinalização.
Ponte General Osório, sobre o Rio Jacuí, em Manoel Viana, a pouco mais de quarenta quilômetros de Alegrete. |
O trecho da BR-290 entre Alegrete(RS) e o entroncamento com a rodovia que dá acesso a Quarai, está em bom estado.
Entre a BR-290 e
Quarai, está em bom estado.
Chegada a Quarai às
17hrs.
Após abastecer a moto, dirigi-me ao Hotel Fenic.
Após abastecer a moto, dirigi-me ao Hotel Fenic.
A moto ficou em
frente ao Hall de entrada do hotel. O hotel possui monitoramento por câmeras.
O hotel está
localizado em frente a um restaurante/churrascaria, onde jantei na modalidade
por peso. Preço acessível.
Preço da diária:
160,00 com café-da-manhã.
Boas acomodações e
excelente atendimento.
Distância percorrida
até Quarai (incluindo a quilometragem por engano): 761km.
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08/01/2019
Quaraí-Nogoya (AR)
Saída às 06:20.
A aduana uruguaia
somente inicia o atendimento às sete horas.
Mas, há o escritório
de migração que atende diuturnamente e se localiza em frente à Praça Central. Foi
para onde me dirigi e rapidamente liberado para ingresso no Uruguay.
Àquela hora da manhã
(pouco mais da seis), não havia casa de câmbio atendendo.
E segui, pela avenida
principal, contornando novamente outra praça e alcançando a Ruta 4.
Havia intensa neblina
àquela hora da manhã, que me acompanhou por cerca de trinta quilômetros, em um
exercício de aptidão visual e paciência, pois, além da neblina, a rodovia
estava em precárias condições de trafegabilidade.
Nesse trecho também
me deparei com muitas aves na pista!
Vencido esse trajeto,
pude pressionar um pouco mais o acelerador e enquanto o Sol timidamente
aparecia, a neblina ia se dissipando para dar o real colorido daquela manhã.
Logo atingi Salto,
Uruguay. Mas os trâmites de saída desse País e de ingresso na Argentina, ocorre
em Concordia, Argentina, poucos quilômetros adiante.
Não há casa de câmbio nessa aduana.
Horário de atendimento da aduana integrada
Uruguaia-Argentina, em Concordia (RA)das 08 às 22hrs.
Eu poderia entrar na
cidade de Concordia e fazer o câmbio, mas preferi seguir, na esperança de que, na
próxima cidade, Vilaguay eu pudesse fazer.
Isso poderia significar desviar da rota para entrar na cidade, sem a certeza de que encontraria o que procurava.
Isso poderia significar desviar da rota para entrar na cidade, sem a certeza de que encontraria o que procurava.
Optei por seguir, mas
estava preocupado. Eu não tinha dinheiro sequer para comprar uma água mineral.
O abastecimento estava sendo feito com cartão de crédito normalmente.
Eu poderia incluir na despesa do abastecimento outras despesas, mas não quis. Ainda tinha um estoque de água mineral. O que mostrou ser insuficiente quando próximo a Vilaguay, por um descuido, ao parar a moto em um acostamento para fotos, mexi na mala de tanque sobre a qual deixei o estojo com a máquina fotográfica.
Eu poderia incluir na despesa do abastecimento outras despesas, mas não quis. Ainda tinha um estoque de água mineral. O que mostrou ser insuficiente quando próximo a Vilaguay, por um descuido, ao parar a moto em um acostamento para fotos, mexi na mala de tanque sobre a qual deixei o estojo com a máquina fotográfica.
Esquecida no lado de
fora do baú, acabou caindo quando retornando à pista, segui viagem. Cerca de
trezentos metros adiante, vi algo, pelo espelho retrovisor, saltando da moto e
se escondendo na vegetação. Fiquei apreensivo. Não tinha certeza do que era,
mas parei a moto e retornei ao ponto que julguei ter visto esse objeto caindo.
Olhando para a mala de tanque semi-aberta, confirmei o que temia.
Em vão procurei na
vegetação próxima ao acostamento da rodovia e por mais cinco metros além desse
acostamento. Nada...
O Hanno e a Sandra,
passavam de moto, retornando da Carretera Austral e vendo que eu estava
caminhando ao longo do acostamento à procura de alguma coisa, e se inteirando
do que ocorrera, me ajudaram a procurar. Mas nada...
Eu já estava exausto
e em vias de desidratação. E eles tinham que seguir viagem. Não era justo nem
ao menos esperar que continuassem dividindo sua preocupação comigo. Despedi-me
deles com apreço, agradecido pelo gesto.
O Sol implacável
minava minhas forças.
Estava a
aproximadamente um quilômetro de um Posto de Abastecimento e de um restaurante.
Dirigi-me até lá, abasteci a moto com cartão, e por um gesto de gentileza da
proprietária, consegui trocar para alguns pesos argentinos, com os quais
consegui fazer um lanche, com sobra de dinheiro.
Eu não queria pensar que
havia perdido o investimento que havia feito com a máquina, mas estava decidido
(dada a insistência da Cleci, com quem mantinha contato telefônico, e do
Jacson) que retornaria ao local para continuar a busca.
E retornei.
Dessa vez, com o
descanso mental necessário e refeito das forças consumidas no quase desespero,
reiniciei a procura, ampliando a área e me dando mais atenção ao outro lado da
pista. O lado esquerdo e não ao lado direito no sentido em que eu estava indo
quando isso aconteceu.
A mente pode nos
induzir a cometer equívocos facilmente, sem que percebamos.
A queda da máquina
foi vista através do espelho retrovisor.
Lembrei de um
episódio, que me ajudou a formar um raciocínio mais coerente, com a hipótese do
que realmente aconteceu.
Ao cair esse pequeno
objeto, ele repicou sobre o asfalto, sendo desviado por um caminhão que passava
logo atrás de mim (fato que havia esquecido). Com o deslocamento do ar, ele se
posicionou no outro lado da pista. E lá estava ela, a máquina fotográfica...
Desde o ocorrido até
o retorno à “normalidade” da viagem, grato a Deus por tê-la encontrado, já se
havia transcorrido perto de três horas!
Cheguei a Nogoyá, para
o pernoite, com o coração mais leve e, o hodômetro marcando 1.274km.
Hospedei-me no hotel
Lurdes, a duzentos metros da Ruta 12 e a quatrocentos metros da Ruta 26, para
onde no dia seguinte eu iria.
A moto ficou em
segurança, na garagem do hotel.
Preço: 550 pesos
argentinos.
Bom atendimento.
Acomodações
regulares. Não fiquei para o café-da-manhã.
Portanto, somado a
quilometragem feita por engano de percurso já no início (76 km), mais essas
três horas, cinco horas de atraso se haviam registrado em minha viagem. Praticamente,
meio dia de viagem!!
Eu assumira um
compromisso com amigos chilenos, de me encontrar com eles ainda na sexta-feira;
ou em Puerto Octay, ou em Puerto Varas...
Eu tinha que
acelerar...
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09/01/2019
Nogoyá – Trenque Lauquen
Saída às 6 da manhã.
Tudo transcorreu bem
até Victoria.
Sinalização indicava
Rosário, para onde eu queria ir, mas esse trajeto conduzia até Santa Fé. E não era esse o trajeto que eu planejara,
embora chegaria também a Rosário.
Andei 80 km até ter
certeza com os carabineros que eu estava equivocado. Resultado: nova perda de
tempo precioso nessa viagem. Cento e sessenta quilômetros!!!
Mais duas horas de atraso
em relação ao planejado!
O GPS já estava
fazendo falta. E como!!
Retornando ao trevo
de Victória, segui para Rosário.
Campos alagados do Rio Paraná |
|
Puente Nuestra Señora del Rosario |
Novamente, encontrei
muitas aves na pista.
Peguei chuva fraca.
Tive que vestir a roupa de chuva para logo depois tirar.
Mais adiante enfrentei
uma garoa, mas tão somente cobri a mala de tanque que teve o zíper estragado!
Depois de Rosário,
consegui avançar até Trenque Lauquen, onde cheguei às 18:40.
Hospedagem no Hotel
Howard Johson, a 200m da Ruta 5.
Boas acomodações.
Excelente atendimento.
A moto ficou em
segurança, ao lado da porta de entrada do hotel.
Servem janta “a La
carte” no próprio hotel.
Bom café da manhã,
servido às seis horas, à meu pedido.
Ainda não consegui
fazer o câmbio do que eu precisava, para pesos argentinos!
Essa moeda, trocada com
a proprietária de um restaurante às margens da rodovia, ainda em Villaguay,
estava acabando.
Distância percorrida:
1.703 km
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10/01/2019
Trenque Lauquen-Desierto de La Pampa-Añelo
Saída às 6:35 com
chuva e vento fracos, que se estenderam por cerca de quarenta minutos.
Depois, o que restou foi uma garoa, alguns respingos e um
frio de 11 graus, até ingressar na Patagônia Argentina...
(No dia anterior, viajei a uma temperatura de 23 a 24 graus.)
Chegando a Santa
Rosa, tive que tirar a roupa de chuva. O Sol apareceu, mas a temperatura
relativamente baixa, permaneceu em 12 graus.
Adentrando a cidade,
consegui adquirir pesos argentinos em uma casa de câmbio no centro,
proximidades dos Bancos (que não fazem o câmbio de moedas estrangeiras, a menos
que sejam para seus correntistas).
Mais tranquilo, segui,
alcançando a cidade de General Acha, onde abasteci a moto.
Às 13:20 eu iniciava
a travessia do Deserto de La Pampa, pela segunda vez em sete anos...
Depois de General Acha, a próxima parada seria em Chacharramenti, início da Ruta 20, para um lanche e abastecimento, mas o Posto de Serviço estava sem combustível.
Após umas fotos, segui até La Reforma.
Início do Desierto de La Pampa-Ruta 20 |
A travessia foi
tranquila, com parada em La Reforma para abastecimento (por precaução) e um breve lanche.
A temperatura
se mantinha nos vinte graus.
Aqui um parênteses,
para um esclarecimento.
Temos a ideia de que
a rodovia entre General Acha até o entroncamento da Ruta 20 com a Ruta 151, em
um ponto denominado de Cruse Del Desierto, está localizada em pleno Deserto de
La Pampa, o que significaria um percurso de 290 quilômetros, o que não está
totalmente correto quanto à denominação geográfica, embora correto
quanto à distância.
Tecnicamente, esse
caminho (conhecido antigamente como Camino Del Desierto), hoje com a
denominação de Camineros Alberto Herrara-Estanilao, une as cidades de
Chacharramendi a Veintecinco de Mayo, totalizando 205 quilômetros.
Mas, o que não se
pode negar, é que essa distância é longa e inspira cuidados ao trafegar por
ela. A monotonia da paisagem, o calor, por vezes constantes, pode causar
distração e mesmo sonolência. Daí a recomendação assinalada em placas ao longo
do trajeto.
Retornando ao relato
da viagem...
Entre 25 de Mayo e Catriel. |
Chegando a Neuquén,
por volta das 17hrs, o trânsito começava a intensificar-se. Eu pretendia ir até
Zapala e depois atingir Junin de Los Andes, San Martins de Los Andes, Villa
Angostura... Evidentemente, que não conseguiria percorrer esse trajeto nesse
mesmo dia.
Em uma parada para
abastecimento próximo a Neuquén, recebi uma sugestão: ao invés de tentar
atravessar àquela hora, toda a região abrangida pela cidade de Neuquén,
possivelmente com redobrado stress, que eu considerasse ir por Añelo, para
depois seguir a Zapala.
Foi o que fiz. O
trajeto é por rodovia pavimentada em regular estado e o trânsito é mais
tranquilo, sem dúvida. Teria valido a sugestão? Não sei... Talvez tivesse sido
melhor atravessar Neuquén...
Cheguei a Añelo, às
19hrs.
É cidade onde a
presença de petroleiros predomina. Hotéis cheios, mas consegui lugar no Hotel
Leonardo da Vinci.
A moto ficou ao lado
da porta de entrada do hotel, em lugar seguro.
Preço diária com
café-da-manhã: 240 pesos argentinos.
Boas acomodações e
excelente atendimento.
Bom café-da-manhã,
servido antes das seis, a meu pedido.
Distância percorrida:
2.840km
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11/01/2019
Añelo-Entre Lagos
Às seis e trinta saía de Añelo com o termômetro marcando 12 graus.
Añelo-Plaza Huíncul |
Chegando a Zapala. |
Depois de Zapala, tomei a Ruta 40, na direção de Junin de Los Andes (alguns trechos em reparos, obrigando a dois
desvios por estrada de terra. Um, de aproximadamente cinco quilômetros; outro,
de cerca de oito quilômetros).
Parada para um lanche na estrada, com vista do Vulcão Lanin.
Antes de Junin de Los Andes
.
Lago Villarino, logo depois de San Martin de Los Andes. Local de muito afluxo turístico, com camping e infraestrutura.
Lago Puyehue, tendo ao fundo, o que restou do vulcão de mesmo nome, após a erupção de 2012.
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12/01/2019
13/01/2019
Trecho difícil, com pista molhada intencionalmente, para evitar o pó.
Abasteci em Junin de Los Andes (onde encontrei um brasileiro que costuma pescar naquela região, nessa época do
ano. Devia ter anotado seu nome. Desculpe.).
Segui, atravessando
San Martin de Los Andes, com vistas do Lago Lacar, passando ao largo por Vila
Angostura, pelos lagos Machonico, entre os Lagos Villarino e Lago Falker.
Depois, Lago Correntoso, Lago Espejo Grande, até o Paso Cardenal Samoré.
Deve-se atravessar
Junin e San Martin para acessar a rodovia que conduz até o Paso Cardenal Samoré.
Entre San Martin de Los Andes e Villa La Angostura. |
Lago Villarino, logo depois de San Martin de Los Andes. Local de muito afluxo turístico, com camping e infraestrutura.
Fiz a aduana na parte
argentina. Havia muito movimento de pessoas, automóveis, mas poucos ônibus
saindo da Argentina.
Quarenta quilômetros
além, eu ingressava no Chile.
Novamente, intenso movimento de pessoas e veículos.
Cheguei a Entre Lagos às 18hrs, após ter enfrentado uma garoa.
Fiquei na Hosteria Entre Lagos.
Fiquei na Hosteria Entre Lagos.
Ao fundo, o Lago Puyehue. |
Lago Puyehue, tendo ao fundo, o que restou do vulcão de mesmo nome, após a erupção de 2012.
Razoáveis
acomodações, mas muito limpo. Jantei na própria hosteria.
Muito bom atendimento.
Pedi que me levasse um sanduiche e um pedaço de torta de morango para o
café-da-manhã do dia seguinte.
A hosteria somente
abre às oito, mas saí por uma porta lateral.
Preço: 38.000 pesos
chilenos.
A moto ficou na rua.
Distancia: 3.217Km
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12/01/2019
Entre Lagos-Puerto Varas
Já era sábado.
Deveria me encontrar
com os amigos chilenos ainda no dia anterior à tarde... Impossível, devido aos
atrasos e percalços do trajeto. Não fosse isso, teria cumprido a promessa.
Coisas que não dependeram exclusivamente de mim.
Saí de Entre Lagos
sem chuva, mas logo tive que vestir as roupas de chuva. Primeiro uma garoa, depois
a chuva fraca até Puerto Varas.
Não pude contatar com
o Hugo. Tentei contato com outro amigo, o Jorge, também não consegui, o que
lamentei.
Estava no Posto
Petrobrás em Puerto Varas, sinal de wi-fi estava forte, mas não conseguia
contato.
Depois de tantas
voltas, consegui a informação que necessitava. Ao menos encontraria um dos
amigos, o Hugo.
Por coincidência,
nesse Posto Petrobrás uma senhora estava hospedada no mesmo hotel em que o Hugo
estava.
Depois de tantos atrasos,
chuva e desvios por reparos na rodovia, finalmente eu chegava.
Um encontro com Hugo
e Angélica, que rendeu boas conversas, relembrando das viagens que fizemos, sua
visita ao Brasil e nossa ida a Santiago em 2014.
Hotel Puerto Chico em
Puerto Varas.
Boas acomodações, bom
café-da-manhã, excelente atendimento.
Ao fundo, o Lago Llanquihue. |
No dia seguinte, pensei,
eu estaria efetuando a travessia Hornopirén-Caleta Gonzalo.
A compra desse
bilhete deve ser efetuada com antecipação. Há um limite de veículos e pessoas;
o que é perfeitamente normal. Há apenas uma saída de Hornopirén: às 10 hrs.
Tentamos várias
vezes, ainda em Puerto Varas, efetuarmos a compra dos bilhetes (para mim e para
a moto), sem sucesso.
Em Hornopirén ficamos
sabendo que o site estava congestionado.
Distância percorrida
até Puerto Varas: 3.609km
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SEGUNDA PARTE
PUERTO MONTT – VILLA OHIGGINS (final da Carretera
Austral)
13/01/2019
Puerto Varas-Hornopirén
Na garagem do hotel, prontos para saírmos. |
Pela manhã, o Sol começou a aparecer...
Depois do café,
saímos. Eram quase nove horas.
Cruzamos Puerto
Montt, porta de entrada da Carretera Austral, a Ruta 7.
Distância percorrida até Puerto Montt, início da Carretera Austral: 3.630km.
Início da Carretera Austral. |
Quarenta quilômetros
depois, chegávamos a Caleta La Arena para a minha primeira travessia, que teve a
duração de aproximadamente 35min.
Eram 10:15.
Entrando na balsa.
Até chegarmos a Hornopirén, rodamos parte em asfalto e parte em estrada de terra sob reparos.
À direita, cultura de salmões. |
Trecho difícil, com pista molhada intencionalmente, para evitar o pó.
Chegamos a Hornopirén
às 13hrs.
Logo a seguir, despedi-me
dos queridos amigos, Hugo e Angélica, que tomaram uma lancha com destino às
termas em La Isla LLancahue, deixando sua moto em um estacionamento em
Hornopirén.
E eu, fiquei em
Hornopirén.
A balsa, com apenas um
horário diário, partiria somente na manhã seguinte, às dez horas.
Portanto, o restante do dia foi para procurar
um hotel, para um breve descanso, abastecer a moto, caminhar pela cidade, tirar
algumas fotos...
Proximidades do cais.
Cais de embarque. |
Venda dos bilhetes para a travessia. Transportes Austral, próxima ao cais. |
Ao fundo, o vulcão Hornopirén. |
Próxima ao centro de Hornopirén,uma belíssima praça, às margens do Pacífico.
Outras imagens do centro da cidade de Hornopirén,que leva o mesmo nome do vulcão.
Plaza Central. |
Prefeitura. |
Escritório da informações turísticas da municipalidade.
Depois de muitas
voltas (muitas cabanas cercadas por brita grossa), acabei ficando no Hotel Holiday
Country.
Acomodações simples,
mas limpas.
Servem almoço e jantar.
A moto ficou ao
relento, mas ao lado da entrada do hotel.
Preço da diária:
20.000 pesos chilenos em quarto com banheiro.
Não fiquei para o
café-da-manhã.
Distância percorrida
até Hornopirén: 3.765 quilômetros.
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14/01/2019
Hornopiren-Chaitén
Eu já havia avisado
na recepção hotel que sairia cedo.
Deixaram a porta da
frente aberta; deixei a chave no quarto, e saí com as malas.
Eram sete horas, e
não havia ninguém no hotel.
Carreguei a moto e
sem pressa, fui ao atracadouro.
Tirei umas fotos e
depois tomei um café com empanada de carne.
Às oito fui para a balsa. A balsa possui banheiros, lancheria e lugar para descansar. Afinal, são quatro horas e meia de travessia sobre o a costa no Oceano Pacífico, até Caleta Gonzalo. Meia hora depois, chegaram quatro motociclistas. Um brasileiro, o Nélson, de Santa Maria e três da Argentina, cujos nomes não gravei, pelo quê, peço desculpas.
A navegação teve início às nove e meia, sob uma temperatura de 15ºC.
Às 14:00, chegávamos
a Caleta Gonzalo.
Os amigos foram à
frente. Eu fiquei em Caleta para me informar.
O prédio onde
funcionam as Informações Turísticas estava fechado.
Há uma hosteria em
frente e uma lancheria.
A cem metros, há um
camping com amplo estacionamento, mas o camping, propriamente dito, fica em um
plano mais baixo.
Fiquei apenas o tempo para obter as informações e segui.
Rodei 29 km de rípio e mais 36 de excelente asfalto até Chaitén.
Depois de várias voltas
pela cidade, acabei ficando no Hotel Brisa Del Mar, a um custo de 75 dólares,
sem café-da-manhã.
A moto ficou dentro
do pátio do hotel.
Distância percorrida
nesse dia: 68 km
Navegação: 4hr30min
Total percorrido até
Chaitén: 3.833km.------------- 15/01/2019
Chaitén-Coyhaique
Saí às sete da manhã na direção de Alto Palena.
Como eu havia levado
um pacote de Whey, meu café foi um cheique, com água mineral, acompanhado de amendoim
torrado e castanhas.
Saindo de Chaitén.
Ao fundo, o vulcão Corcovado.
Palena-Villa Amengual Até Coyhaique, percorri 461 quilômetros, sendo cerca de 65 de rípio, entre ruim e médio (estrada firme, mas com muitas pedras soltas).
Por 180 quilômetros,
o asfalto em bom estado, por vezes intercalava com rípio.
No rípio, algumas
curvas muito fechadas (direta/esquerda, buracos, costeletas, pedras), com
risco iminente de queda.
Havia planejado
conhecer o Ventisqueiro Colgante, a 20
km ao sul de Puyuhuapi, mas a chuva fraca insistente, não permitia prever se eu poderia
desfrutar daquela vista.
Decepcionado, segui.
Essa geleira, entre
um corte na montanha, derrama os restos do degelo, formando uma gigantesca cascata congelada.
Peguei chuva quase
toda a manhã, com temperatura de 12graus.
Antes das duas da
tarde, a chuva cessou e pude seguir, agora com a temperatura mais baixa (10
graus).
Belverede com vista do Valle Rio Cisne, próximo à Villa Amengual. Villa Amengual - Coyhaique. Considerando a chuva, optei por percorrer o trecho de asfalto, pelas Rutas X-50 e 240, atravessando o Túnel El Farellón, sobre a Ruta 240, mas retornando à Ruta 7, antes de chegar a Coyhaique, passando pela Cascata de La Virgem.
Antes de Coyhaique, cataventos.
Em Coyhaique estava
programada a troca do óleo do motor da moto.
Eu já havia
pesquisado no site da Yamaha.
Difícil foi, SEM GPS,
encontrar o lugar. Mas graças ao pessoal de uma oficina e revenda veículos
usados, situada logo na entrada da cidade, encontrei sem muita dificuldade.
A troca do óleo do
motor foi feita na oficina de reparos Honda-Yamaha Pestana, onde obtive
excelente atendimento, com presteza e profissionalismo.
Após a troca do óleo,
providenciei o abastecimento da moto em um posto no entorno da Plaza de Armas.
Também no entorno dessa praça, há uma casa de câmbio.
Ao lado do Hostal Gladys, onde eu me hospedei nessa noite, um restaurante servia um prato pronto (linqüicinha, feijão cavalo e massa) ao preço de 2.500 pesos chilenos.
Hospedagem: Hostal Gladys, no centro de Coyhaique.
Preço do pernoite: 35.000 pesos chilenos, com café-da-manhã, mas não fiquei para esse café (eu havia comprado um sanduíche).
Cobraram a toalha de banho (venderam), por 3.500 pesos chilenos.
Quilometragem percorrida até Coyhaique: 4.294.
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16/01/2019
Coyhaique-Villa Cerro Castillos - Puerto Rio Tranquilo
Saí de Coyhaique às 06:30, quando o termômetro estava marcando 14graus, mas logo baixou para 11, e me obriguei a colocar as luvas térmicas embaixo da luva de couro.
Quando a temperatura baixou mais (8 graus), liguei o aquecedor de manoplas.
Logo depois de
Coyhaique (dez quilômetros), deparei-me com um protesto de mineiros.
Policiais da
Gendarmeria estava lá e me sugeriram retornar cerca de quatro quilômetros e
tomar à esquerda na direção de Valle Simpson e Ensenada, para depois alcançar El
Blanco, e retornando à Ruta 7.
Assim fiz. Rodei cinquenta
quilômetros de rípio ruim até chegar lá.
Depois, mais 75km de asfalto até Villa Cerro Castillo. Agora a temperatura havia mudado. Já haviam se passado duas horas e tive que desligar o aquecedor, ficando só com as luvas térmicas. Antes de Puerto Rio Tranquilo tive que tirar as luvas térmicas. Passando por Villa Cerro Castillo. ALERTA: Villa Cerro Castilo não possue Posto de Serviço!
Logo depois de Villa
Cerro Castillo, continuei pela Ruta 7 pavimentada por doze
quilômetros.
Depois desses doze
quilômetros, o rípio até Puerto Rio Tranquilo (133km).
Cheguei a Puerto Rio Tranquilo, por volta de 14 horas.
Hospedei-me na Hosteria Costanera. Nessa hosteria servem todas as refeições, inclusive lanches.
Como almoço nesse
dia, escolhi um “pastel” (é como se fosse uma lasanha de vegetais e carne),
muito bom.
Despesa com
hospedagem: preço do pernoite: 37.500 com café.
Excelente atendimento.
Prepararam um kit
lanche ainda à noite para servir como meu café-da-manhã do dia seguinte.
Boas acomodações (não
possui frigobar).
Em frente à Hosteria
há vários lugares onde se pode contratar um passeio pelo Lago General Carrera.
Contratei a navegação
até a Capilla Del Marmol, Cuevas Del Marmol e Catedral Del Marmol.
Paguei 10mil pesos
chilenos.
Saí às 16:30, retornando às 18hrs.
Atracadouro de onde partem as lanchas.
Vista de Puerto Rio Tranquilo a partir desse cais.
Lancha que nos levou no passeio.
A partir de agora, imagens dessa navegação por formações de mármore.
Imagens de beleza deslumbrante!
As cavernas.
Diferentes ângulos de visão, provocam nossa imaginação.
Nessa imagem, podemos identificar a cabeça de um cão...
Capilla De Málmol.
Catedral De Málmol.
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17/01/2019
Puerto Rio Tranquilo-Cochrane-Caleta Tortel
Acordei às cinco, sem sono.
Fiz a preparação da bagagem, sem pressa, pensando em descer até a recepção, onde o sinal é mais forte e atualizar as informações para a família.
O sinal estava forte,
mas demorava para acessar o site. Quando acessou, demorou para completar a
solicitação. E depois de quarenta e cinco minutos; portanto, sete e meia,
desisti, na esperança de que em Caleta Tortel o sinal estivesse melhor.
Saí de Puerto Rio Tranquilo, às oito horas em direção a Cochrane.
Proximidades de Cochrane. Para chegar à Caleta Tortel, sai-se da Ruta 7, depois de Cochrane e, por vinte e dois quilômetros também de rípio, chega-se lá. Temperatura da manhã, 14 graus, descendo até 11 graus. Depois, começou subir e estabilizou em 19 graus.
Quando cheguei a Caleta Tortel, às 13:30, estava quente (23graus).
Já na chegada,
encontrei dois casais de franceses em suas motos com side cars (Julien, Marie,
Raphel e Emilie.
Veja suas aventuras em: https://friends4adventures.org).
Depois do Pórtico,
segui até a praça central de Caleta Tortel. Consegui me alojar em
uma casa no entorno da praça central.
Ou eu compartilhava
os outros dois aposentos e o banheiro, pagando 25.000 pesos chilenos a diária,
ou assumia sozinho por 60.000.
Optei por este último. SEM CAFÉ DA MANHÃ, SEM
TOALHAS, SEM PAPEL HIGIÊNICO!
Os acessos em Caleta
Tortel, são feitos através de uma rede de escadas e passarelas. Segundo o
escritório de turismo, poderia haver lugar com “banho privado”, mas exigiria que eu me deslocasse com
a bagagem através desses caminhos, por aproximadamente setecentos metros
(estimativa minha).
Sem condições...
Optei por ficar nessa
casa.
Pelo menos, a moto
ficaria em frente à porta...
O que me tranquilizava era
que eu havia conseguido um lugar para dormir (e tomar um banho), sem que eu tivesse
que fazer muito sacrifício com o descarregar/carregar a moto...
Ao fundo, o canal Baker, foz do
rio de mesmo nome,
no Oceano Pacífico. IMPORTANTE: Caleta Tortel NÃO possui Posto de Abastecimento! Praticamente, não há sinal de wi-fi , e a VIVO (aqui, a MOVISTAR), não tem sinal.
Portanto, fiquei sem
comunicação com o exterior!
Amanhã, se Deus
permitir, estarei em Villa O’Higgins, final dessa etapa.
Até aqui percorri 4.815km.
De Cochrane a Caleta
Tortel são 130km.
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18/01/2019
Caleta Tortel-Puerto Yungay-Villa O’Higgins
Saí às sete da manhã, depois de um café improvisado com presunto e pão comprados no dia anterior, e o cheique.
A balsa só parte às dez horas de Puerto Yungay.
Cheguei perto das nove...
Logo depois, chegavam
os franceses com os “side cars”.
A travessia inicia em
Puerto Yungay, pelo Fiordo Michael (um braço de mar – Oceano Pacífico – que
serve de foz para o Rio Bravo), e tem duração de cerca de
45 min.
Só há um lado na
balsa para embarcar e desembarcar.
Primeiro, os
caminhões; depois, as caminhonetas e outros veículos; e, por último, (que serão as
primeiras a desembarcar), as motos.
Todos devem descer a
rampa de ré, inclusive as motos com “side cars”.
Não foi o caso da Teneré.
Desci normalmente, ficando de costas para a saída, mas no momento de sair,
manobrei e saí da balsa.
Na balsa há
banheiros; lugar para sentar-se e fazer um lanche, mas nada é vendido lá.
Comprei adesivos da Carretera na lancheria do atracadouro, e um empanado de carne que fui comer na
balsa.
Joan, um caminhoneiro,
ofereceu café para mim e para os franceses.
Eu já havia falado
com ele enquanto esperava a balsa chegar. Muito simpático e prestativo, ofereceu
informações sobre a rodovia até Villa O’Higgins.
Fui o segundo a
desembarcar, depois dos franceses. Mas parei para colocar as luvas, a máscara,
enquanto outros três veículos avançaram.
Mas foram rápidos e
pude continuar sem pressa, distante da poeira levantada pelos veículos.
A cinco quilômetros
encontrei os amigos argentinos estacionados sobre uma ponte. Havia furado o
pneu de uma das motos, que consertaram usando um tarugo de borracha, mas a cada
espaço de tempo tinham que parar para refazerem a calibragem. Descobri que o
Nelson de Santa Maria havia retornado, tomando o rumo de Bariloche.
Um gesto de gentileza
que experimentei mais adiante com mais dois motoristas. Uma caminhonete,
puxando um reboque com um triciclo, passou. Mais adiante, parou para me dar
passagem, evitando assim que eu ficasse, quem sabe, quilômetros sob o intenso
pó levantado pó ela.
Segui por mais 80 quilômetros até Villa O’Higgins, por um trecho de rípio menos ruim dos que eu peguei até agora.
A poucos quilômetros
do destino, pude apreciar a beleza do Lago Cisnes, à minha esquerda.
Infelizmente, seria arriscado parar com a moto para tirar fotos.
A poucos quilômetros de
Villa O’Higgins.
Chegada a Villa O’Higgins.
Cheguei a Villa O’Higgins às 13:10, com o
hodômetro marcando 4.954km.
Mas Villa O’Higgins
não é o final da Carretera Austral, a Ruta 7.
Deve-se percorrer
ainda mais sete quilômetros até seu final.
Fim da Carretera
Austral!
Início dos Campos de Gelo Sul...
Objetivo atingido, ao alcançar 4.961km! Procurei uma hospedaria e acabei ficando no El Mosco (hosteria e albergue).
Optei por um quarto com banho privado.
Custo/dia: 35.000 pesos chilenos com café da manhã.
Excelente atendimento.
Boas acomodações (rústicas, o que dá um toque nostálgico, de início da colonização dessa região; e bem limpas).
Por sugestão da Cleci e do Jacson, fiquei descansando mais um dia.Vista a partir da Hosteria Depois de deixar as
mochilas no Hostal, saí para fazer um lanche...
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19/01/2019
Villa O’Higgins
O dia amanheceu com
uma garoa, mas não estava frio.
Depois, a garoa cedeu
e o Sol apareceu bem tímido, mas o Céu continuou encoberto. Havia um pouco de vento e a temperatura baixou um pouco.
Às oito e vinte
estava no café-da-manhã.
Um café simples, mas
nutritivo (omelete, uma torrada com queijo, uma geleia de pêssego...).
Perguntei à
cozinheira, a Fili, se havia um lugar onde eu pudesse comprar um creme
hidratante. Meu nariz e minha cabeça estavam descascando pela ação do vento e
do Sol.
Ela se prontificou a
me ceder um resto de creme que ela tinha. Admirei sua atitude. Ao mesmo tempo
que ela dizia que talvez eu fosse encontrar em um mercado aqui perto. E
encontrei, não só o creme nívea, mas hidratante para os lábios.
No caminho do mercado conheci um casal no
Rio de Janeiro, o Renato e a Márcia. Ela do Rio; ele, chileno.
Caminhamos até esse
mercado. Fizeram suas compras, e se dispôs a pagar o meu protetor labial. Um presente. Uma gentileza, do nada. Aceitei, não sem antes contestar,
mas foi em vão.
Deixo aqui meu fraterno abraço a eles e à Fili por esses pequenos gestos, mas de grande valor.
Fui para o hotel e
peguei minha mochila com a máquina fotográfica e os amendoins. Retornei ao
mercado para comprar água mineral.
Antes, porém, percorri a cidade, registrando seus aspectos marcantes.
Praça Central de Villa O'Higgins
Ao fundo, encravado no morro,
o Mirador Cerro Santiago.
Prefeitura de Villa O'Higgins.
Depois, caminhei até o Mirador Cerro Santiago, de onde se tem uma vista de Villa o’Higgins.
Esse Mirador situa-se
dentro da área do Parque Glaciar Mosco, a poucos metros do centro da cidade.
Depois do mirante, há
dois caminhos: um, leva ao Mirador da Bandeira, onde está a bandeira do Chile;
o outro, indica a direção do Mirante do Vale.
Andei por cerca de vinte e cinco minutos na direção deste, apreciando o silêncio e a beleza do lugar, mas desisti de continuar. Não sabia quanto ainda tinha pela frente. Já estava ficando tarde...
Mais tarde uma
senhora me disse que são cinco horas de caminhada até avistar uma formação de
gelo de um lago.
Deixei a mochila no
hotel e fui almoçar.
No cardápio, pedi uma
garrafa de vinho de 187ml. Mas como seria demais para mim, pedi que reservasse
a metade do conteúdo para a noite.
Retornaria para jantar às 21:40.
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TERCEIRA PARTE
RETORNANDO PARA CASA
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20/01/2019
Villa O’Higgins-Rio
Bravo-Puerto Guadal
A agência que promove
passeios até as geleiras, devido aos ventos e à previsão de chuva, não estava
aceitando passageiros.
Essa navegação sobre
o Lago O’Higgins (lado chileno; e Lago San Martins, lado argentino), teria a
duração de cerca de oito horas.
Não foi desta vez...
Era hora de voltar
para casa...
Havia programado sair
às sete, mas como estava chovendo, acabei me atrasando e saindo às oito.
Às seis e quarenta e
cinco a mesa do café já estava me esperando. Pedido que fiz no dia anterior, à
Fili e ao Martin, dono do Hotel.
Dois ovos cozidos,
uma torrada com queijo e tomate, uma grande xícara de café com leite e duas
fatias de pão integral torrado, com geleia de pêssego.
Já saí vestido com a roupa de chuva.Villa O'Higgins - Rio Bravo. Cheguei à Rio Bravo para pegar a balsa, sob chuva, às 10:18. O horário de saída é às 11 horas.
Mais quarenta e cinco
minutos e estava tomando um café com pastel no embarcadouro de Puerto Yungay.
A chuva fraca continuava.
Puerto Yungay-Cochrane.
Continuei, acompanhando a chuva que enfraquecia até parar por completo, pouco depois da uma e meia da tarde.
À esquerda, o Rio Baker.
Puerto Bertrand-Puerto Guadal.
Cheguei a Puerto
Guadal às 17:20, depois de rodar 308km desde Villa O’Higgins.
Amanhã, terei mais
110 até Chile Chico.
Fiquei em uma casa de
família, identificada como hospedagem. A Hospedaje Janito.
Quarto com duas
camas.
Portanto, pago novamente
pelas duas, para não compartilhar com outra pessoa... São 24.000 pesos chilenos
pelo quarto COM UM BANHEIRO COMPARTILHADO COM O RESTO DA FAMÍLIA (que no momento era
somente o dono da hospedagem)!
Café da manhã:
cortesia...
O sinal do wi-fi
festá forte.
Desde Villa O’Higgins
até aqui, rodei 308km.
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21/01/2019
Puerto Guadal-Chile Chico-Perito Moreno-Rio Mayo
Puerto Guadal-Chile
Chico
Acordei às 05:30.
Carreguei a moto e
esperei pelo café, preparado pelo dono da hosteria.
Saí às 07:25.
Belas paisagens às
margens do Lago General Carrera (parte no Chile); Lago Buenos Aires, parte na
Argentina), até Chile Chico.
Companhia de Mineração
Cerro Bayo. Extração de ouro e prata.
Mirante de onde se tem a vista das minas.
Abasteci, fiz o
câmbio para pesos argentinos (há uma casa de câmbio no centro, na avenida
principal).
Calibrei os pneus e saí à procura de um lugar
para comer alguma coisa.
Nessa busca por um
lugar para ao menos um lanche, quanta perda de tempo!
Restaurantes somente
abrem ao meio-dia ou uma da tarde.
Havia um restaurante
servindo café-da-manhã àquela hora (10:45)! Mas estava cheio...
Eram 11:17 quando saí
de lá, sem comer nada.
A aduana chilena está
a cerca de cinco quilômetros da cidade. Fiz os trâmites de saída do Chile.
Andei mais dois
quilômetros para fazer os trâmites de entrada na Argentina.
Em ambas as aduanas
não há casa de câmbio e nem lugar para lanchar. Há apenas banheiros e a própria
estrutura necessária ao funcionamento dos controles.
Segui, apreciando as
belas paisagens do trajeto.
Ao ingressarmos na
Argentina, o relevo muda drasticamente e o vento, liberto, viaja livre, com
força.
Vento que continuava,
até a cidade de Perito Moreno, onde abasteci a moto e fiz um lanche.
Mas esse vento era só
uma amostra do que viria depois, na direção de Rio Mayo.
O encontro com a Ruta
40, que dá acesso a Rio Mayo, Esquel... está a vinte quilômetros adiante de
Perito Moreno. Foi o que o frentista em Perito Moreno me informou.
Mas eu não vi nenhuma
sinalização indicativa, quando passei por esse acesso. E segui, por mais vinte
quilômetros, até encontrar alguém que me informou que eu já havia passado do
ponto de acesso. Voltei... Somando, 40km de vento intenso, obrigando-me a
pilotar curvado e com risco iminente de queda. Só Deus para me proteger!
Perito Moreno-Rio
Mayo
Em Rio Mayo encontrei
um grupo de motociclistas brasileiros (Renato, Fernando, Gallas e Orth), da cidade
de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Hospedamo-nos no
mesmo Hotel e Restaurante AKA-TA.
Visitem o blog dos amigos, acessando: https://carreteiraaustralmontenegro2019.blogspot.com/2019/01/dia-21.html
Preço do pernoite:
800 pesos argentinos!
Distância de retorno
percorrida até aqui: 725 quilômetros.
Até aqui, no total
percorri 5.704 quilômetros.
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22/01/2019
Rio Mayo-Bariloche
Saí às 6:20.
Como despertei às
2:20, demorei para dormir de novo e acordei às 4:15, foi a indicação de que o
dia seria muito cansativo.
E foi...
Estava um pouco frio
nessa manhã, e havia vento, embora fraco.Tecka-Esquel
A viagem foi tranquila, por alguns quilômetros, mas não o suficiente para parar e tirar fotos.
Antes de Esquel, o
vento se fez presente de forma mais intensa, mas não tanto quanto estava ontem
pela manhã.
Esquel-El Maiten
O vento foi uma constante até
Bariloche, onde cheguei aproximadamente às 18hrs.
San Carlos de Bariloche, Argentina.
Em Bariloche, depois
de rodar à procura de um lugar para pernoitar, encontrei vaga no Hotel Lake
Bariloche, de frente para o Lago Nahuel Huapi.
A moto
ficou em segurança na garagem ao lado da portaria do hotel.
E, enquanto a tarde ensolarada se consumia envolvida pelo vento frio que formava pequenas ondas nas águas do lago, saí a caminhar pelas proximidades.
De Villa O’Higgins
até aqui, 1.423 quilômetros.
Total: 6.401
quilômetros
Hoje andei 610
quilômetros.
Hotel Lake Bariloche:
boas acomodações, excelente atendimento (pelo proprietário)
Não esperei o café,
foi improvisado pra mim, ainda antes de eu sair.
Preço: 1.800 pesos argentinos c/café.
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23/01/2019
Bariloche-Catriel
Comi o sanduiche que
haviam preparado para mim e tomei um café preto.
Saí por volta das sete horas.
O termômetro marcava
13 graus, mas à medida que eu ia avançando o frio se intensificava: 11; 9,8,
até chegar a dois graus.
Liguei o aquecimento
das manoplas, mas não foi o suficiente e tive que parar e colocar a forração na
jaqueta.
Apesar dessas proteções, o frio foi se instalando,
nas pernas, nas pontas dos dedos das mãos.
Visão do Rio Limay.
O Dedo de Deus, no Vale Encantado. a 60 km de Bariloche.
O frio se manteve até
Chico Saltos, quando o calor me obrigou a tirar a forração.
Cheguei a Catriel sob
um calor de 36 graus!
Um dos hotéis só
abria às 18hrs (???)
O outro, havia um
tapume na frente, por conta de canalização que o município estava instalando.
Em outro (fiquei
sabendo, por acaso, por uma senhora que passava), que estava fechado há muito
tempo. E eu esperando, para saber se alguém estava lá dentro!
O terceiro, foi onde
me hospedei:
Hotel Catriel, ao custo de 750 pesos argentinos,
sem café.
Hoje totalizei
6.990km dessa viagem.
No retorno, 2.011km.
E hoje, andei 490 km.
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24/01/2019
Catriel – Santa Rosa
Saí às 7:22 e mais
trinta quilômetros estava em Cruse Del Desierto fazendo um bom lanche.
Depois, sob um céu
que prenunciava chuva, mas que não se efetivou, iniciei a travessia do Deserto
de La Pampa.
Cento e vinte quilômetros e estava abastecendo a moto em La Reforma, tomando um gatorade, uma água, e tirando fotos...
A partir daí, começou
a ventar. Primeiramente, fraco, depois se intensificou, mas não de forma
preocupante.
Passei por Chacharramenti
(fechado) e segui até General Acha, onde parei para abastecer e reavaliar se
ficava aí mesmo, ou seguir até Santa Rosa.
Ainda era cedo e decidi seguir, afinal, pouco mais de cem quilômetros me separavam da cidade de Santa Rosa...
Cheguei a Santa Rosa,
pouco antes das treze horas. Não visualizei nenhum hotel nas proximidades do
trevo.
A sinaleira fechou.
Parei ao lado de uma camionete cabine dupla, preta e fiz sinal para o motorista
que queria falar com ele.
Baixou o vidro. Um
senhor de cerca de 70 anos me olhou intrigado.
Perguntei sobre
hotel. Inicialmente apontou para o centro da cidade, mas em seguida me convidou
a seguí-lo. O que fiz. Deixou-me em frente ao Hotel Calfucurá, onde me
hospedei.
A entrada da garagem
é com pedrinhas, mas no final da garagem, havia uma plataforma de piso. Foi
onde deixei a moto, com a ajuda de um funcionário do hotel.
Depois do banho, fui
almoçar em frente ao hotel, em uma esquina, onde encontrei esse mesmo senhor,
que vim a saber ser o Sr. José Maria Viejas (prefere que o chamem apenas de
Viejas).
Estava acompanhado de
um amigo (Sr. Santiago), possivelmente da mesma idade, que me convidou a
sentar-me com eles. O que fiz.
Conversamos como se
fôssemos velhos amigos, e vim a descobrir que o Sr. Viejas ainda pilota moto! E
uma mil, esportiva!
Um exemplo!
Disse que quando
começou a caminhar, passou a andar de moto com a maior naturalidade, brincou
ele...
Pouco tempo depois,
se retiraram e, com um abraço deixavam saudades.
Almocei com uma taça
de vinho tinto e depois retornei ao hotel e dormi...
Às cinco e meia fui
até uma loja de acessórios para carros, maquinaria, comprar uma lâmpada para o
farol da moto. Felizmente encontrei.
Instalei a lâmpada,
limpei o parabrisa e o protetor do farol, o visor do capacete (aplicando um
jato de WD-40).
As lojas por aqui,
abrem às quatro ou cinco horas da tarde e fecham por volta das oito da tarde.
Hoje percorri 448km.
Retorno: 2.459km.
Total: 7.446km.
Hotel Calfucurá
Preço: 800 pesos
argentinos com café.
Bom atendimento, bom
café e boas acomodações!
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25/01/2019
Santa Rosa-Zavalla
Saí às 7:22, depois
de um bom café.
Não foi difícil sair
de Santa Rosa, depois da informação do atendente do hotel e, no caminho, bem no
centro, complementando com a informação de uma senhora que parou no semáforo.
Já no início da
manhã, prenunciava chuva, mas parecia estar distante. Havia ventado muito pela
manhã, mas depois, parou.
Cinquenta quilômetros
adiante, optei por vestir a roupa de chuva. Decisão acertada, pois se
esperasse, não teria nem onde parar a moto (acostamento com grama úmida).
Uma garoa fina já
aparecia. E tudo indicava que havia chovido no final da madrugada.
A estrada estava boa,
até Trenque Lauquen.
A partir daí, na direção de Gral. Villegas, até Zavalla, a
estrada apresenta trilhos no asfalto; marcas de veículos pesados, alguns
buracos,...
Durante todo o
trajeto choveu.
Uma chuva fraca, mas constante durante todo o
trajeto.
Nas proximidades de
Zavalla, conheci o Javier e sua esposa, que gentilmente me forneceram as
informações de que eu precisava para chegar a Rosário.
¡Javier, todavía estoy esperando las fotos que tomaste! (Si tiene dificultades para enviarlos a su correo electrónico del blog, intente enviarlos a mi correo electrónico personal: antome54@gmail.com). Gracias!
Cheguei a Zavalla, pequena
cidade a vinte quilômetros de Rosário, pouco antes das cinco e meia da tarde.
Depois de algumas
informações, localizei o Hotel La Posta, que, sem erro, se continuasse pela
Ruta 33, chegaria facilmente. Está localizado a menos de um quilômetro do
centro da cidade.
Bom atendimento, boas
acomodações
Custo: 730 pesos
argentinos com café.
Tem, wifi forte.
O ambiente é de
desing rústico, belo e acolhedor.
Quilometragem de
hoje: 634km
Quilometragem de
retorno: 3.101km
Total quilometragem:
8.080km.
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26/01/2019
Zavalla – Rivera
Saí um pouco além do horário
que havia previsto. Saí às 7:20
Adiantaram o café da
manhã, mas fiquei conversando com o atendente, que possui uma ninja 250.
Vinte quilômetros
adiante, estava em Rosário, acessando a Perimetral em direção à Victória.
É só seguir em linha
reta, a partir de Zavalla. Quando chegar a Rosário, em plena Ruta 33, há uma
sinaleira na rodovia, indicando à esquerda, Victoria.
Seguindo por essa Ruta
(Av. Circunvalación 25 de Mayo), chega-se naturalmente à Ponte Internacional.
Há pedágio obrigatório,
e moto paga 35 pesos argentinos. Parei antes do pedágio para pegar o dinheiro.
Eu havia saído com a
roupa de chuva, mas ainda não havia chovido. A chuva chegou aos poucos, depois
da ponte Nuestra Senhora Del Rosário.
Ingressando no Uruguay.
A partir de Casero
começou a chover mais forte, depois, parou até Tacuarambó, por cem quilômetros,
onde parei, sob um calor intenso, para abastecer e fazer um lanche.
Eu não tinha pesos
uruguaios, mas no Posto da ANCAP, aceitavam pesos argentinos. Todavia, o câmbio
não era nada favorável. Daí porque, por sugestão da atendente do mini mercado e
Posto de Combustível, utilizei o cartão de crédito para comprar um pacote de
sanduiches, abastecer e comprar duas moedas de 100 pesos cada, para pagar o uso
do banheiro!
Depois, choveu forte
e com vento, até 20 km de Rivera.
Fiz a aduana no Shopping
da Sineriz e em seguida me dirigi ao Hotel Jandaia, onde me hospedei às18hrs.
Fazia muito calor.
Estava abafado.
Hoje percorri 697km.
Retorno: 3.798,5
quilômetros.
Total: 8.777
quilômetros.
Ficarei aqui até depois de amanhã.
Preço da diária, com café-da-manhã: R$ 175,00
Excelente atendimento. Excelentes acomodações e excelente café-da-manhã.
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27/01/2019
Rivera/Santana do Livramento
Dia de acordar tarde,
tomar o excelente café e depois sair às compras.
Primeiramente, pelo
centro de Rivera, depois, peguei a moto e fui até o Shopping.
Depois do Shopping,
estacionei em um Posto de Gasolina para retirar a gasolina de um dos tanques de
plásticos.
Retornei ao Hotel,
carreguei a moto e fiz um lanche.
O
Restaurante Pampa Grill, anexo ao Hotel Jandaia, não serve jantar nos domingos,
apenas lanche.
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28/01/2019
Rivera-Erechim
Após o excelente
café, tendo já, a moto carregada, saí.
Eram oito e meia da
manhã de um dia que prometia ser quente e ensolarado.
Sem vento, dia lindo,
passei direto por Rosário do Sul.
Ainda conservava um
dos dois tambores com gasolina.
Cheguei a Santa Maria
para o almoço.
Abasteci no Posto de
Combustíveis e subi a serra até Júlio de Castilhos. Uma rodovia em regular
estado de conservação e àquela hora, com pouco trânsito.
Depois de Júlio de
Castilhos até Cruz Alta, a rodovia fica pior.
Nada mudou de vários
anos. Uns remendos, mas sem recapeamento.
É preciso cuidado.
Um um caminhão, ao
iniciar a ultrapassagem de outro caminhão, pedaços de pneus do caminhão se
soltaram. Felizmente, graças aos meus protetores espirituais, os pedaços não se
posicionaram à minha frente e pude desviar com segurança. Um susto.
Depois de Cruz Alta,
uma parada em Ibirubá, para um lanche (amendoins, castanhas, damasco e uma água
mineral) e abastecimento.
Apenas
160 quilômetros me separavam de casa.
O calor estava intenso.
Estavam fazendo
reparos na rodovia, a uns cinco quilômetros adiante de Ibirubá.
Parado, na
pista, aguardando a liberação, vi que o termômetro da moto marcava 39 graus!
Foi o que imaginei,
pois em viagem percebi que o termômetro marcava 36 graus!
Às 17:50 estava
chegando na garagem de casa.
Total percorrido:
9.410km
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------------------------------ RELATÓRIO FINAL
Resumo da quilometragem:
Ida: 4.961 quilômetros
Volta: 4.449 quilômetros
Total: 9.410 quilômetros
Rìpio (com o desvio pelo protesto dos
mineiros): 1.016 quilômetros
Pavimento: 8.394 quilômetros.
Duração da viagem: 21 dias.
Estado da Super Ténéré:
1)
Um
dos lados de um raio da roda traseira se soltou e alguns afrouxaram;
2)
Desgaste
dos pneus que não recomendavam rodar mais de um mil quilômetros;
3)
Bateria
com carga esgotada (possivelmente pelo uso constante dos faróis auxiliares e
das manoplas aquecidas por longo período);
4)
Troca
das pastilhas de freio traseiras e torneamento do disco;
5)
Troca
do óleo dos amortecedores dianteiros, com consequente torneamento das bengalas
e substituição dos retentores;
6)
Troca
do óleo do cardã e da tampa inferior (avariada, possivelmente por pedra);
7)
Troca
do óleo e do filtro de óleo do motor;
8)
Limpeza
do filtro de ar (que não estava tão sujo quanto imaginei);
9)
Lavagem
completa da moto;
10) Substituição da
lâmpada do farol direito;
11) Lubrificação dos
manetes da embreagem e do freio dianteiro
Efetuada a
manutenção, a moto ficou em perfeitas condições e pronta para novos projetos!
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SITES CONSULTADOS
SEGUROS
CARTA-VERDE (Uruguay,
Argentina, Paraguay)
Contratado junto à
AUTOSUL Seguradora (Erechim/RS)
SOAPEX (Chile)
TRANSPORTE MARÍTIMO
MAPAS
YAMAHA CHILE
YAMAHA ARGENTINA
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CONSIDERAÇÕES
E AGRADECIMENTOS
Se a ida foi marcada
pelos erros de trajeto (com perda de um dia, no total); a volta foi marcada
pelo vento e pela chuva.
Graças aos meus
protetores espirituais que, com a permissão divina me acompanharam, consegui
levar a termo meu projeto de viagem, retornando para as pessoas que se importam
comigo, bem e feliz por essa vitória pessoal.
Agradeço a todos
aqueles que enviaram pensamentos positivos (de qualquer lugar por onde passei;
amigos de longa data ou, amigos que fiz nesse trajeto); a todos aqueles que
fizeram suas preces para que tudo corresse bem; ao meu filho Jacson que me
acompanhou apreensivo pelos meios disponíveis; à Cleci, esposa e amiga, que me
incentivou e me acompanhou com apreensão; aos amigos Hugo e Angélica, por sua
amizade, pela preocupação com essa jornada e pela acolhida em seu País.
Mas agradeço principalmente a Deus, por Sua proteção, por Sua companhia!
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